Protecção Civil vai entrar no socorro a náufragos
Os dez helicópteros destinados ao Ministério da Administração Interna (MAI) e que deverão começar a chegar a Portugal em Maio vão ser operados na busca e salvamento, além do próprio combate aos fogos. Esta opção foi já confirmada por fontes do Ministério da Administração Interna.
A possibilidade foi equacionada logo que o MAI entendeu que o Estado tinha que dispor de meios próprios para o combate aos fogos, mas agora há já praticamente a certeza de que esses meios aéreos vão também ser operados no socorro a náufragos. Durante o Verão, as aeronaves ficarão essencialmente dedicadas aos incêndios, mas fora daquele período ficarão na missão de socorro, incluindo o socorro a náufragos, e também para apoio às forças policiais.
O objectivo não é, no entanto, "substituir a Força Aérea nessa missão, até porque nem fazia sentido, mas sim complementar" com a focalização da acção nas águas costeiras, onde também se verificam grandes lacunas num dos principais operadores de socorro, o Instituto de Socorros a Náufragos, tal como JN tem vindo a relatar.
A certeza do empenhamento surgiu pouco antes do naufrágio da Nazaré e ganhou "luz verde" aquando do incidente que custou a vida a seis pescadores e que foi alvo de reuniões entre o ministro da Defesa e o ministro da Administração Interna.
A decisão surge enquadrada no anúncio feito por Severiano Teixeira, no dia 12, que publicitava a necessidade de "obter uma melhor rentabilização e articulação de todos os meios susceptíveis de emprego em situações de busca e salvamento".
O objectivo é melhorar o tempo de resposta no socorro a náufragos na orla costeira, assim como ter mais alternativas, abrindo o leque de opções ao sistema de coordenação, que também poderá vir a sofrer alterações, com o envolvimento de outros operadores que não apenas a Marinha e a Força Aérea.
De facto, na sequência do naufrágio choveram críticas por não ter sido accionado o helicóptero da Protecção Civil estacionado em Santa Comba Dão, porém, coincidência ou não, dias depois do caso da Nazaré o outro helicóptero da mesma estrutura, estacionado em Loulé, era chamado a socorrer um náufrago ao largo de Vila do Bispo, o que fez com sucesso.
Tanto assim é que a Protecção Civil vai ser chamada a pronunciar-se no âmbito do estudo que é sequência do despacho conjunto do Ministério da Defesa e do Ministério da Administração Interna, onde se incluirão também a Marinha e a Força Aérea.
Pilotos do Exército querem ingressar na frota civil
Pilotos e mecânicos do Exército enviaram candidaturas numa resposta ao concurso público aberto pelo Ministério da Administração Interna para a nova frota de dez aeronaves, soube o JN. É que muitos dos militares estão cansados de estarem integrados numa unidade, o antigo Grupo de Aviação Ligeira do Exército, que foi constituído há quatro anos na base de Tancos, mas não tem qualquer produto operacional, porque continua sem estar dotado de helicópteros. Muitos dos pilotos e mecânicos - mais de 60 oficiais e sargentos - apenas conseguiram garantir a manutenção das certificações aeronáuticas pagando do seu próprio bolso as horas de voo mínimas em empresas civis, se bem que o Exército tenha acordado com a FAP um programa de instrução destinado precisamente a estes militares. O chefe de Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, garantiu, no entanto, ao JN, após uma cerimónia na Academia Militar, na semana passada, que o grupo de aviação ligeira é para manter e está convicto de que as primeiras aeronaves poderão chegar ainda este ano, cujo processo de aquisição corre em conjunto com a FAP.
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